“(…) Se tomamos como ponto de observação a cultura corrente que se recebe na vida, teremos que admitir que ela é muito deficiente, e apenas consegue preencher uma mínima parte da finalidade que, lógico é pensar, tem por objetivo. A infância que passa pelas aulas escolares recebe toda uma carga de lições e deveres, impossíveis de compreender e assimilar no curto lapso do período primário. Se apela então para sua memória, e assim esta se vê constantemente forçada a desenvolver um labor que decepciona a não poucas crianças. É muito pouco o que se faz em matéria de seleção dos pontos que haverão de ensinar às crianças neste período escolar, e assim vemos que os aborrecem fazendo-lhes estudar uma série de livros que sobre as matérias escreveram diversos autores. Nos colégios secundários ocorre idêntica coisa, que depois toma um caráter mais adequado nos cursos universitários (…)
Ocorre, em conseqüência, que depois de tantos anos de estudo, muito pouco ou nada é o que sabe com respeito à sua própria vida, quer dizer, ao que se refere às possibilidades de seu mecanismo mental-intelectual, que, orientado para os conhecimentos transcendentes configurados pela excelência de uma sabedoria superior, pode dotar sua inteligência de um conteúdo tão fértil que lhe permitiria criar aptidões capazes de fazer-lhe alcançar alturas inimagináveis.
(…) O conhecimento transcendente difere do saber comum pela índole de seu conteúdo específico, e que não se acha registrado ainda em um documentado corpo de doutrina, coisa que, precisamente, a Logosofia está fazendo para que dele se extraiam as conclusões que necessariamente deverão obter-se a fim de aperfeiçoar as diretivas da instrução corrente, já que estes conhecimentos são dados a serviço da alta docência com o objetivo de elevar a cultura a um volume integral que alcance sua máxima expressão de aperfeiçoamento. (…)”
Da PEDAGOGIA LOGOSÓFICA, Coleção Revista Logosofia Tomo III, de autoria de Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol), criador da LOGOSOFIA.