“Desde que o homem começou a ter as primeiras noções de moral, vem-lhe sendo repetido que deve ser bom, que deve elevar a vida e ser melhor, mas, foi-lhe ensinado positivamente como fazer para alcançar semelhante desiderato? A resposta, por demais sugestiva, oferece-a o estado de incrível desorientação em que hoje se encontra. Não lhe foi ensinado como ser melhor. Os que pretenderam fazê-lo, careciam de conhecimentos capazes de substanciar esse propósito e, em falta disso, adotaram o sistema de inculcar no semelhante, desde a mais tenra idade, pensamentos e sugestões em pugna com sua razão e com sua sensibilidade.
Inculcar idéias que não respondem a fins superiores, mas a fins de submissão – como se tem procurado, em parte com êxito – é fazer das mentes humanas moldes rígidos, destinados à recepção cega de um saber “quimérico”. E dizemos “quimérico” porque o autêntico saber não endurece a mente, não a fanatiza nem a submete a farsas dogmáticas, ao contrário, propicia as manifestações do livre arbítrio e desperta a consciência individual.”
Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol) – Criador da Logosofia
Trecho do livro – Deficiências e Propensões do Ser Humano pág.9/10
